***
Esses jornais eram produzidos exclusivamente por ocasião do enlace matrimonial de determinado casal, geralmente contendo fatos, curiosidades, poesias, narrativas, charges, etc., que, de alguma forma, estavam relacionados ao casal em questão e haviam sido reunidos por parentes e amigos mais chegados, e que eram lidos durante a cerimônia.
[Mais abaixo, segue a tradução e, em seguida, a transcrição do documento]
Eis aqui um exemplar - a titulo de exemplificação:
[1ª página]
[2ª página]
[3ª página]
[4ª página]
***
(acervo pessoal)
datado de: 14 de setembro de 1918
***
Ano 1 Joinville, 14 de setembro de 1918 Nº 1
JORNAL DE CASAMENTO
Mote: Mote:
Uma palavra séria Mas também nos momentos
em um círculo feliz sérios do abelheiro
Muitas vezes é saber ser alegre e
corretamente empregada; saber rir!
Este jornal é publicado diariamente, com exceção do dia em que o senhor Frederico Kölling e a senhorita Emilia Hygom não estejam festejando suas bodas. – O seu preço de compra deve ser negociado com os mencionados noivos.
Aos recém-casados.
Em tempos de seriedade, como o mundo sequer vislumbrou até então,
vocês hoje se uniram para toda a vida! O poder do amor,
uniu a vocês, mesmo em meio à guerra,
que a anos devasta e vocifera o mundo,
criando o ódio e a antipatia entre os amigos,
mas não é capaz de subjugar o poder do amor.
Em tempos de seriedade, mas também em tempos grandiosos,
em que todos os virtuosos brilham em toda a sua intensidade,
aniquilando sem consideração, a tudo o que foi chocado
por mentiras, enganos e por malícia!
Por isso, querido casal, em tempos de seriedade,
primeiro uma palavra de seriedade a vocês: observem,
lá onde hoje os senhores gigantes lutam,
e olhem para o interior das casas e choupanas
de cada um dos que estão em contenda em nome da pátria amada,
deixando para trás esposa e filhos em abnegação em prol da pátria!
Observem como a abnegação se mostra,
como até o mais humilde tem prazer em trazer sua agudez,
que adquiriu em sua indigência! –
Vejam como a lealdade se comprova lindamente
Além da sepultura, até da miséria e da morte,
Finalmente, vejam o que o amor é capaz de fazer,
Como ele cuida preventivamente das feridas dos guerreiros,
Como ele ajuda a aliviar o sofrimento dos aflitos
E como traz bençãos a todos os lugares!
Vejam o que se comprova na vida do povo,
Vejam como a lealdade se comprova lindamente
Além da sepultura, até da miséria e da morte,
Finalmente, vejam o que o amor é capaz de fazer,
Como ele cuida preventivamente das feridas dos guerreiros,
Como ele ajuda a aliviar o sofrimento dos aflitos
E como traz bençãos a todos os lugares!
Vejam o que se comprova na vida do povo,
Isto vale para a família, isto vale para vocês,
Que a lealdade seja sempre louvada na vida de vocês,
Tanto hoje em frente ao altar, como diante da face de Deus!
Onde haja amor, fé em Deus e lealdade,
Certamente não haverá preocupação;
Tomara que o triunvirato seja capaz de mantê-lo
Com vocês, querido casal, e na casa de vocês!
Daí nos dias de alegria e de aflição,
Deus estará com vocês, abençoando a felicidade de vocês
E sempre cheios de gratidão e sem reclamação,
Vocês lembrarão deste dia!
[1ª página]
Expedições por São Bento.
Todo aquele que alguma vez visitou a encantadora cidade de São Bento, encanta-se com seu ambiente maravilhoso, que obriga até o maior eremita a sair de sua toca.
Ainda mais um declarado amante da natureza como nosso amigo Frederico, que, como todos sabem, atuava a alguns anos saciando a sede de conhecimento da juventude de São Bento. Ele aproveitava cada hora de folga para fazer suas excursões ou suas expedições, que ele costumava fazer a cavalo; expedições que comprovam a seriedade com a qual nosso amigo Fritz ia fazendo suas pesquisas nas longínquas imediações de São Bento, que mais tarde nos oferecem um retrato fiel de seus passeios, nem sempre desprovidos de perigo, que comprovam sua presença de espírito e prudência.
Como soubemos, nosso amigo Frederico tinha a intenção de publicar uma obra de vários volumes, junto com seus leais companheiros de excursão Ernesto Moritz, Willmeyer, M. Eissler e Abendstern, mas neste momento ele está tão assoberbado de trabalho, que a edição desta obra, tão esperada pelo público impaciente, ainda deverá demorar alguns anos.
Por isso, com a gentil permissão do senhor Frederico, nós tomamos a liberdade de publicar alguns acontecimentos fortuitos nas linhas que se seguem.
Certo dia, o nosso amigo Frederico novamente fez uma expedição sobre sua fiel rocinante, na companhia dos seus melhores amigos, desta vez, em direção a oeste. Quando chegaram à localidade de Lençol, antes de empreender novos esforços, os companheiros decidiram descansar por lá e matar a sede ardente com uma merecida bebida refrescante.
Depois que isto estava providenciado da melhor maneira possível junto ao Cabado, retomava-se a viagem de volta para casa, por volta da meia noite, sendo que, devido a escuridão e o terreno pouco visível, até a luminosidade interna ajudava pouco, de modo que os companheiros se separaram. – Fr., devido ao seu entusiasmo pela pesquisa, havia se aventurado para muito longe, e procurava avidamente localizar seus companheiros, que ele havia perdido, o que foi em vão, apesar da "intensa" procura. Foi graças a infelicidade de sua sela sofrer uma sobrecarga para somente um de seus lados, que ele teve, consequentemente que fazer a mesma inclinação. Felizmente, ele caiu no macio, ou seja, sobre um ninho de formigas. – Apesar de seu grande interesse a respeito desses delicados seres, para Fr. a gradual intromissão destes animais estava começando a ficar desagradável, ainda mais porque, na ocasião da queda, ele havia perdido seus óculos, o que fazia com que, "choramingando baixinho", ele tivesse que confiar em seu tato, para conseguir se afastar das inoportunas. Finalmente, ele decidiu montar a sua rocinante e seguir a viagem para casa sozinho. Mas infelizmente, nesta já descrita escuridão e na falta dos óculos, estava difícil encontrar o caminho. Fr. não teve outra alternativa, senão passar a noite ao ar livre, e decidido, de sangue frio, preparou um acampamento em uma depressão apropriada e lá dormiu até o amanhecer.
Ao acordar, para sua grande alegria, percebeu que sua leal rocinante pastava ao seu lado e o convidava a continuar a viagem. Dando sequência a este convite, logo montou em sua penugem domesticada, e cumprimentou-a com as seguintes memoráveis palavras: "A coisa novamente ficou bem resolvida!"
Por isso, com a gentil permissão do senhor Frederico, nós tomamos a liberdade de publicar alguns acontecimentos fortuitos nas linhas que se seguem.
Certo dia, o nosso amigo Frederico novamente fez uma expedição sobre sua fiel rocinante, na companhia dos seus melhores amigos, desta vez, em direção a oeste. Quando chegaram à localidade de Lençol, antes de empreender novos esforços, os companheiros decidiram descansar por lá e matar a sede ardente com uma merecida bebida refrescante.
Depois que isto estava providenciado da melhor maneira possível junto ao Cabado, retomava-se a viagem de volta para casa, por volta da meia noite, sendo que, devido a escuridão e o terreno pouco visível, até a luminosidade interna ajudava pouco, de modo que os companheiros se separaram. – Fr., devido ao seu entusiasmo pela pesquisa, havia se aventurado para muito longe, e procurava avidamente localizar seus companheiros, que ele havia perdido, o que foi em vão, apesar da "intensa" procura. Foi graças a infelicidade de sua sela sofrer uma sobrecarga para somente um de seus lados, que ele teve, consequentemente que fazer a mesma inclinação. Felizmente, ele caiu no macio, ou seja, sobre um ninho de formigas. – Apesar de seu grande interesse a respeito desses delicados seres, para Fr. a gradual intromissão destes animais estava começando a ficar desagradável, ainda mais porque, na ocasião da queda, ele havia perdido seus óculos, o que fazia com que, "choramingando baixinho", ele tivesse que confiar em seu tato, para conseguir se afastar das inoportunas. Finalmente, ele decidiu montar a sua rocinante e seguir a viagem para casa sozinho. Mas infelizmente, nesta já descrita escuridão e na falta dos óculos, estava difícil encontrar o caminho. Fr. não teve outra alternativa, senão passar a noite ao ar livre, e decidido, de sangue frio, preparou um acampamento em uma depressão apropriada e lá dormiu até o amanhecer.
Ao acordar, para sua grande alegria, percebeu que sua leal rocinante pastava ao seu lado e o convidava a continuar a viagem. Dando sequência a este convite, logo montou em sua penugem domesticada, e cumprimentou-a com as seguintes memoráveis palavras: "A coisa novamente ficou bem resolvida!"
* *
*
Em uma outra excursão, desta vez em direção ao leste, em direção a Campo Alegre, Frederico havia assumido a liderança do conjunto das provisões. Enquanto seus companheiros seguiam viajem pela estrada empoeirada, cheia de desvios, ele seguia com seu conjunto pelo campo, para chegar mais rápido ao destino, objetivo este que ele alcançou brilhantemente. Enquanto isso, seus companheiros o esperavam por horas em Campo Alegre, e depois de balançar para frente e para trás, finalmente ele achou que o mais certo seria voltar para São Bento, uma vez que este seria o real objetivo desta viagem. Além disso, essa mudança [2ª página] de planos teria a única vantagem, de que o conjunto das provisões ficaria inteiramente à sua disposição. Assim, apesar de todas as dificuldades, feliz, ele seguiu viagem para São Bento, com todo o conjunto de provisões, cujos suprimentos, explicavelmente, derreteram totalmente.
Quando as más línguas alegam que o amigo Fr. se perdeu nos campos, e só por isso chegou a São Bento, ao invés de chegar em Campo Alegre, então temos que rejeitar essa calúnia em nome do irrefutável senso de direção do nosso amigo, pois os campos daquela região são completamente familiares ao amigo Fr., desde que ele os trilhou de São Bento para Campo Alegre, na companhia de Ernesto Moritz Biwak. –
[3ª página]
Quando as más línguas alegam que o amigo Fr. se perdeu nos campos, e só por isso chegou a São Bento, ao invés de chegar em Campo Alegre, então temos que rejeitar essa calúnia em nome do irrefutável senso de direção do nosso amigo, pois os campos daquela região são completamente familiares ao amigo Fr., desde que ele os trilhou de São Bento para Campo Alegre, na companhia de Ernesto Moritz Biwak. –
Notícias Locais.
Novamente um progresso à vista. Uma jovem dama local, Dona Emilia do Leão, que a alguns anos fez uma viagem para a Dinamarca, fez com que a redação atuasse, no sentido de que se introduza, também aqui em Joinville, as famosas casas de banho russas, das quais ela sempre lembra com prazer.
Compartilhamos voluntariamente do desejo desta jovem dama e pedimos a todos os nossos leitores e amigos, que tenham interesse em estabelecer uma instituição destas, que se dirijam até a nossa redação, para assinar uma petição a este respeito, que será encaminhada à administração da cidade.
Para ir de encontro às muitas solicitações vindas de nossas belas leitoras, nós da redação decidimos criar uma sala espaçosa e aconchegante para a realização das festas do chá, clubes do crochê, e etc. A contribuição mensal, comparada à comodidade oferecida, é muito baixa, ou seja, apenas 100 Réis. O doce sempre estará à disposição em quantidades abundantes, mas se prestará total atenção à pontualidade de pagamento da taxa mensal! Sem pagamento, sem doce!!
Para excursionistas. Neste ponto, chamamos especial atenção, que nosso amigo Frederico, diante de inúmeras solicitações, decidiu participar como tocador de bandonião durante as excursões. Sua apresentação, para a qual, a propósito, ele não necessita de instrumento, é recitada "entre lágrimas" e tem um efeito verdadeiramente magnífico, de modo que recomendamos muito o senhor Fr.
Com a predominante falta de moradia, não é de se admirar de que, recentemente um casal de noivos, na busca de uma moradia apropriada, resolvesse ter a ideia de transformar em moradia uma grande caldeira, localizada na Rua das Cabras; já estavam em negociação com o proprietário e os planos para a reforma também já estavam prontos, quando, na última hora, vagou uma moradia de ótima localização na Rua 15 de Novembro. Naturalmente, o casal saudou essa oportunidade com alegria, como um presságio de um bom futuro, e alugou-a imediatamente.
Apesar de tudo, essa notícia deve ser do interesse de casais a procura de moradia, que pretendem seguir o seguinte provérbio: "Há espaço na menor cabana, para um casal de namorados feliz".
Para excursionistas. Neste ponto, chamamos especial atenção, que nosso amigo Frederico, diante de inúmeras solicitações, decidiu participar como tocador de bandonião durante as excursões. Sua apresentação, para a qual, a propósito, ele não necessita de instrumento, é recitada "entre lágrimas" e tem um efeito verdadeiramente magnífico, de modo que recomendamos muito o senhor Fr.
Com a predominante falta de moradia, não é de se admirar de que, recentemente um casal de noivos, na busca de uma moradia apropriada, resolvesse ter a ideia de transformar em moradia uma grande caldeira, localizada na Rua das Cabras; já estavam em negociação com o proprietário e os planos para a reforma também já estavam prontos, quando, na última hora, vagou uma moradia de ótima localização na Rua 15 de Novembro. Naturalmente, o casal saudou essa oportunidade com alegria, como um presságio de um bom futuro, e alugou-a imediatamente.
Apesar de tudo, essa notícia deve ser do interesse de casais a procura de moradia, que pretendem seguir o seguinte provérbio: "Há espaço na menor cabana, para um casal de namorados feliz".
Telegramas Recebidos
Rio Negro, 14-9-18
Ao jovem casal, os nossos sinceros parabéns.
Tio Alli, tia Emma e Hilma.
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Rio Preto, 14-9-18
Felicitações.
Leni e José Dias.
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Hannover, 14-9-18
Boa sorte no casamento lhes desejam de longe
Papai Kölling e Família.
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Buenos Aires, 14-9-19
Parabéns.
Logo seguirei teu exemplo.
Meissler.
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Oh, companheiro, vais te casar,
Oh – muito boa sorte!
Isolde.
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Florianópolis, 14-9-18
Sinceras Felicitações! O Snr. me conhece muito bem!
Orestes.
[3ª página]
Poesia.
Nas nossas ruas
Não se brinca,
Principalmente à noite,
Quando se faz uma viagem
De bicicleta, e vem
Uma curva; ao que seria melhor,
Ouvir ensinamentos sábios,
E também a alertas,
Este é o costume!
Mas o senhor Öhler não ouve,
Ao que o conselheiro diz,
E na curva dos Schmidlin
Ele caiu na – valeta
E o conselheiro fica a observar
E fala com calma
Para a companheira:
"Ele já caiu!"
Ao que o conselheiro diz,
E na curva dos Schmidlin
Ele caiu na – valeta
E o conselheiro fica a observar
E fala com calma
Para a companheira:
"Ele já caiu!"
Caixa do Correio.
M. Eissler, Buenos Aires. Com profundo pesar ficamos sabendo da partida de sua amada Charqueira. Esperamos que sua nova noiva possa consolá-lo em breve da perda insubstituível. Então, parabéns pelo noivado.
Ernesto Moritz, São Bento. Nosso estimado amigo e patrono Frederico nos pediu para comunicar à vocês, que, mesmo após o seu casamento, continuará sendo um leal amigo dos vossos mundialmente famosos peitos de ganso. Ele ainda se lembra com muito prazer daquela noite, na qual, depois de estar ricamente abastecido para o dia seguinte, deixou a vossa casa hospitaleira, e só lamenta, de não ter evitado a tentação de, durante o caminho para casa, ter dado um fim à provisão. Aliás, cordiais saudações dele.
Amigo Frederico. É com grande alegria, que constatamos que, finalmente, você decidiu esquecer a trágica história da Augusta e sua perna de pau. Muito bom isso! – Portanto, parabéns e cordiais saudações.
Senhora Erna. A senhora reclama, que não consegue riscos de morangos para bordado. Porque a senhora não procura o amigo Frederico? Observe o título dos anúncios!
K. Oehler, Estrada da Ilha. Se quiser encontrar ao seu único "amigo", não pode procurá-lo na farmácia. Em geral, ele "está ocupado nas dependências de trás", "não lhe é permitido vir para a frente!"
Emil von Holz. Por causa do seu sofrimento, sobre o qual nos contou outro dia, buscamos pelo conselho de um médico eficiente; ele diz que seriam consequências da criativite, que, recentemente, lhe trouxe tantos problemas. Com o seu atual modo de vida, em breve estará totalmente restabelecido. – A propósito, como vai o seu velho e bravo tio Eusébio Merzelbacher? Há muito não soubemos mais nada a respeito do esplêndido e velho senhor. Cordiais saudações à você e a ele!
Anúncios.
Modelos de Bordado
Indico-me ao honrado público de Joinville e região
para a produção de modelos de todos os tipos.
Especialidade: tangerinas e morangos.
Atenciosamente
amigo Frederico.
A jovens casais e àqueles que pretendem sê-lo
Por meio deste, faço saber que já não tenho moradias para
alugar, uma vez que estão todas ocupadas, e de acordo com o meu
conhecimento, o mesmo acontece com a vizinhança. Me vejo obrigada
a dar esta explicação, já que sou regularmente questionada a informar
sobre a existência de vagas em minha vizinhança. Tia Christine.
Sementes frescas de verduras
a qualquer hora disponíveis com
o amigo Frederico.
[4ª página]
***
***
***
(acervo pessoal)
datado de: 14 de setembro de 1918
***
Jahrgang 1 Joinville, den 14. September 1918 Nº 1[**]
Hochzeits-Zeitung
Motto: Motto:
Ein ernstes Wort Doch auch in
im frohen Kreise ernster Zeit der Weise
ist oftmals mitunter fröhlich zecht
richtig angebracht; und lacht!
Dieses Blatt erscheint täglich mit Ausnahme der jenigen Tage, an welchen Herr Friedrich Kölling und Fräulein Emilie Hygom keine Hochzeit feiern. – Der Bezugspreis ist mit dem genannten Brautpaare zu vereinbaren.
Den Neuvermählten.
Den Neuvermählten.
In ernster Zeit, wie kaum sie wohl die Welt
Bisher gesehn, gab heute Ihr die Hand
Zum Bund fürs Leben Euch! Die Macht der Liebe,
Sie führte Euch zusammen, selbst der Krieg,
Der Jahre schon, die Welt verwüstend, tobt,
Der Hass und Missgunst zwischen Freunden schuf,
Er kann die Macht der Liebe nicht bezwingen.
In ernster Zeit, doch auch in grosser Zeit,
Die alle Tugenden im hellsten Glanze
Erstrahlen lässt, die rücksichtslos zertritt,
Was Lug und Trug und Bosheit ausgebrütet!
In ernster Zeit darum, Du liebes Paar,
Zunächst ein ernstes Wort an Euch: Seht hin,
Dorthin, wo heut die Riesenheere kämpfen,
Und blicket in die Häuser und die Hütten,
Die jener Streiter liebe Heimat sind,
In der sie Weib und Kind zurückgelassen
In Selbstverleugnung für das Vaterland!
Seht, wie die Opferwilligkeit sich zeigt,
Wie selbst der aermste gern sein Scherflein bringt,
Das für sein Alter er sich abgedarbt! –
Seht, wie die Treue herrlich sich bewährt
In Not und Tod selbst übers Grab hinaus,
Seht endlich, was die Liebe leisten kann,
Wie sie den wunden Krieger sorglich pflegt,
Wie sie die Not der Heimgesuchten lindert
Und segenbringend allerorten schafft!
Seht, was im Völkerleben sich bewährt,
Gilt auch von der Familie, gilt von Euch,
Die Treue Ihr fürs Leben Euch gelobt
Heut vorm Altar, vor Gottes Angesicht!
Wo Liebe, Gottvertraun und Treue walten,
Da bleibt der Segen sicherlich nicht aus;
Mag dieses Dreigestirn drum Einzug halten
Mit Euch, Du liebes Paar, in Euer Haus!
Dann wird in frohen wie in ernsten Tagen
Gott mit Euch sein und segnen Euer Glück
Und dankerfüllt Ihr stets und ohne Klagen
Gedenken an den heut'gen Tag zurück!
[1. Seite]
São Bentoaner Forschungsreisen.
Jeder, der einmal das reizende Städchen São Bento aufgesucht hat, wird entzückt sein von der herrlichen Umgebung, die selbst den grössten Stubenhocker aus seiner Klause zwingt.
Um wieviel mehr, erklärlicherweise, einen Naturfreund, wie unser Freund Friedrich, der, wie allgemein bekannt, dort vor einigen Jahren eifrig beschäftigt war, den Wissensdurst der São Bentoaner Jugend zu stillen. Jeden freien Augenblick benutzte er zu Ausflügen oder zu Forschungsreisen, die er meist zu Pferde zu machen pflegte; Forschungsreisen, die beweisen, mit welchem Ernst unser Freund Fritz an die Erforschung der weiteren Umgebung von São Bento heranging, die uns ferner ein treues Bild seiner auf diesen keineswegs ungefährlichen Touren bewiesenen Geistesgegenwart und Umsicht bieten.
Wie wir hören, beabsichtigt Freund Friedrich selbst ein mehrbändiges Werk unter Mitwirkung seiner treuen Forschungsgenossen Ernst Moritz Willmeyer, M. Eissler und Abendstern herauszugeben, doch ist er gegenwärtig derart mit Arbeiten überhäuft, dass die Herausgabe dieses vom Publikum mit Ungeduld erwarteten Werkes voraussichtlich noch einige Jahre auf sich warten lassen wird.
Mit gütiger Genehmigung des Herrn Friedrich erlauben wir uns daher in Nachstehendem einige Stichproben zu veröffentlichen.
Freund Friedrich machte also mit seinen bewährten Freunden eines Tages wieder eine Forschungsreise auf seiner treuen Rosinante und zwar in westlicher Richtung. Als sie die Ortschaft Lençol erreicht hatten, beschloss die Gesellschaft, bevor sie weitere Anstrengungen auf sich nahm, dort zu rasten und den brennenden Durst durch einen wohlverdienten kühlen Trunk zu stillen.
Nachdem dies bei Cabado so gründlich wie möglich besorgt war, begab man sich gegen Mitternacht auf die Heimreise, wobei infolge der Dunkelheit und des unübersichtlichen Geländes selbst die innerer Illumination nicht viel half, sodass die Gefährten sich trennten. – Fr. besonders hatte in seinem Forschungseifer sich zu weit vorgewagt und suchte eifrig, seine auf Abwege geratenen Gefährten aufzuspüren, leider trotz allen „scharfen Suchens" vegeblich. Dabei wollte es das Unglück, dass sein Sattel das Uebergewicht nach einer Seite bekam und er infolgedessen diese Schwankung mitmachen musste. Glücklicherweise fiel er sehr weich, nämlich in einen grossen Ameisenhaufen. – Trotz seines grossen Interesses für diese zarten Lebewesen wurde Fr. die Zudringlichkeit dieser Tierchen doch allmählig unangenehm, zumal ihm bei dieser Gelegenheit seine Brille abhanden gekommen war, sodass er „leise weinend" sich auf sein Gefühl verlassen musste, um sich der Zudringlichen zu erwehren. Er beschloss endlich seine Rosinante zu besteigen und allein die Heimreise anzutreten. Aber, o weh! diese war bei der bereits geschilderten Dunkelheit und der mangelnden Brille nirgends zu entdecken. Fr blieb daher nichts anderes übrig, als im Freien zu übernachten und kurz entschlossen bereitete er sich kaltblütig in einer passend befundenen Vertiefung ein Lager und schlief dort bis zum Tagesgrauen.
Bei seinem erwachen sah er zu seiner grossen Freude, dass seine treue Rosinante neben ihm graste und ihn zur Weiterreise einlud. Dieser freundlichen Einladung Folge leistend, erreichte er denn auch bald seine heimischen Penaten, welche er mit den denkwürdigen Worten begrüsste: „Die Sache haben wir wieder fein gemetzelt!"
Um wieviel mehr, erklärlicherweise, einen Naturfreund, wie unser Freund Friedrich, der, wie allgemein bekannt, dort vor einigen Jahren eifrig beschäftigt war, den Wissensdurst der São Bentoaner Jugend zu stillen. Jeden freien Augenblick benutzte er zu Ausflügen oder zu Forschungsreisen, die er meist zu Pferde zu machen pflegte; Forschungsreisen, die beweisen, mit welchem Ernst unser Freund Fritz an die Erforschung der weiteren Umgebung von São Bento heranging, die uns ferner ein treues Bild seiner auf diesen keineswegs ungefährlichen Touren bewiesenen Geistesgegenwart und Umsicht bieten.
Wie wir hören, beabsichtigt Freund Friedrich selbst ein mehrbändiges Werk unter Mitwirkung seiner treuen Forschungsgenossen Ernst Moritz Willmeyer, M. Eissler und Abendstern herauszugeben, doch ist er gegenwärtig derart mit Arbeiten überhäuft, dass die Herausgabe dieses vom Publikum mit Ungeduld erwarteten Werkes voraussichtlich noch einige Jahre auf sich warten lassen wird.
Mit gütiger Genehmigung des Herrn Friedrich erlauben wir uns daher in Nachstehendem einige Stichproben zu veröffentlichen.
Freund Friedrich machte also mit seinen bewährten Freunden eines Tages wieder eine Forschungsreise auf seiner treuen Rosinante und zwar in westlicher Richtung. Als sie die Ortschaft Lençol erreicht hatten, beschloss die Gesellschaft, bevor sie weitere Anstrengungen auf sich nahm, dort zu rasten und den brennenden Durst durch einen wohlverdienten kühlen Trunk zu stillen.
Nachdem dies bei Cabado so gründlich wie möglich besorgt war, begab man sich gegen Mitternacht auf die Heimreise, wobei infolge der Dunkelheit und des unübersichtlichen Geländes selbst die innerer Illumination nicht viel half, sodass die Gefährten sich trennten. – Fr. besonders hatte in seinem Forschungseifer sich zu weit vorgewagt und suchte eifrig, seine auf Abwege geratenen Gefährten aufzuspüren, leider trotz allen „scharfen Suchens" vegeblich. Dabei wollte es das Unglück, dass sein Sattel das Uebergewicht nach einer Seite bekam und er infolgedessen diese Schwankung mitmachen musste. Glücklicherweise fiel er sehr weich, nämlich in einen grossen Ameisenhaufen. – Trotz seines grossen Interesses für diese zarten Lebewesen wurde Fr. die Zudringlichkeit dieser Tierchen doch allmählig unangenehm, zumal ihm bei dieser Gelegenheit seine Brille abhanden gekommen war, sodass er „leise weinend" sich auf sein Gefühl verlassen musste, um sich der Zudringlichen zu erwehren. Er beschloss endlich seine Rosinante zu besteigen und allein die Heimreise anzutreten. Aber, o weh! diese war bei der bereits geschilderten Dunkelheit und der mangelnden Brille nirgends zu entdecken. Fr blieb daher nichts anderes übrig, als im Freien zu übernachten und kurz entschlossen bereitete er sich kaltblütig in einer passend befundenen Vertiefung ein Lager und schlief dort bis zum Tagesgrauen.
Bei seinem erwachen sah er zu seiner grossen Freude, dass seine treue Rosinante neben ihm graste und ihn zur Weiterreise einlud. Dieser freundlichen Einladung Folge leistend, erreichte er denn auch bald seine heimischen Penaten, welche er mit den denkwürdigen Worten begrüsste: „Die Sache haben wir wieder fein gemetzelt!"
* *
*
Auf einer anderen Forschungsreise, diesmal in östlicher Richtung, nach Campo Alegre, hatte Friedrich die Führung der Proviantkolonne übernommen. Während seine Gefährten auf der staubigen, viele Umwege machenden Strasse voranritten, führte er seine Kolonne über den Kamp, um schneller zum Ziele zu gelangen, was ihm auch glänzend gelang. Während seine Gefährten ihn nämlich stundenlang in Campo Alegre erwarteten, hatte er nach einigem Hin- und Herschwanken herausgefunden, dass man ja schliesslich doch nach São Bento zurückkehren müsste und dass letzteres also doch das eigentliche Reiseziel sei. Ausserdem hatte diese Änderung [2. Seite] den grossen Vorteil, dass die Proviantkolonne zu seiner alleinigen Verfügung blieb. So führte er denn trotz aller Schwierigkeiten seine Kolonne, deren Vorräte erklärlicherweise arg zusammengeschmolzen waren, glücklich nach São Bento.
Wenn böse Zungen behaupten, dass Freund Fr. sich auf dem Kamp verirrt und nur deshalb in S. Bento statt in Campo Alegre gelandet sei, so müssen wir dies bei dem bewährten Orientierungsvermögen unseres Freundes als Verleumdung zurückweisen, denn der Kamp ist in jener Gegend Freund Fr. gänzlich vertraut, seitdem er auf ihm bereits einmal auf der Reise nach S. Bento und Campo Alegre mit Ernst Moritz Biwak bezogen hat. –
Lokales.
Wieder ein Fortschritt in Aussicht. Eine hiesige junge Dame, Dona Emilia do Leão, die vor einigen Jahren eine Reise nach Dänemark unternahm, hat die Redaktion, doch dahin zu wirken, dass auch hier in Joinville die berühmten russischen Bäder zu Einführung gelangen mögen, an die sie jederzeit noch mit viel Vergnügen zurückdenkt.
Wir kommen diesem Wunsche der jungen Dame bereitwilligst nach und bitten alle unsere Leser und Freunde, die an der Errichtung einer derartigen Anstalt Interesse haben, eine in unserer Redaktion ausliegende diesbezügliche Bittschrift an die städtische Verwaltung unterzeichnen zu wollen.
Um vielfach an uns herangetretenen Wünschen unserer schönen Leserinnen entgegenzukommen, haben wir uns entschlossen in unserer Redaktion ein geräumiges, gemütliches Zimmer für Abhaltung von Kaffekränzchen, Häkelklubs u.s.w. einzurichten. Der monatliche Beitrag ist im Verhältniss zu der gebotenen Bequemlichkeit sehr gering, nämlich nur 100 Réis; Kuchen wird in reichlicher Menge stets zur Verfügung stehn, doch wird streng auf pünktliche Bezahlung des Beitrags geachtet! Ohne Beitrag kein Kuchen!!
Für Ausflüger. Wir machen noch besonders an dieser Stelle darauf aufmerksam, dass unser Freund Friedrich auf vielfachen Wunsch sich entschlossen hat, bei Ausflügen als Bandonium-Spieler mitzumachen. Sein Spiel, zu dem er übrigens kein Instrument braucht, „leise weinend" vorgetragen, ist von wahrhaft grossartiger Wirkung, sodass wir Herrn Fr. bestens empfehlen können.
Bei der herrschenden Wohnungsknappheit kann es nicht Wunder nehmen, dass jüngst ein Brautpaar bei der Suche nach einer passenden Behausung auf die Idee kam, den in der Ziegenstrasse lagernden grossen Kessel zu Wohnungszwecken herzurichten; man stand mit dem Eigentümer bereits in Unterhandlung und hatte auch schon die Pläne für den Umbau fertig, als im letzten Augenblicke in der Rua 15 de Novembro eine geradezu ideal gelegene Wohnung frei wurde. Natürlich begrüsste das Paar diese Gelegenheit mit Freuden als gute Vorbedeutung für die Zukunft und mietete sofort.
Immerhin dürfte diese Nachricht wohnungssuchenden Brautpaaren von Interesse sein, die das Sprichwort zu befolgen beabsichtigen: „Raum ist in der kleinsten Hütte für ein glücklich liebend Paar."
Eingelaufene Telegramme
Rio Negro, 14-9-18
Dem jungen Ehepaare unsere herzlichsten Glückwünsche.
Onkel Alli, Tante Emma u. Hilma.
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Rio Preto, 14-9-18
Felicitações.
Leni u. José Dias.
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Hannover, 14-9-18
Viel Glück zur Hochzeit wünschen Euch aus weiter Ferne
Vater Kölling u. Familie.
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Buenos Ayres, 14-9-19
Herzlichen Glückwunsch.
Werde bald Deinem Beispiel folgen.
Meissler.
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Ach so, Kamerad sich verheiraten,
ach so – viel, viel Glück!
Isolde.
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Florianópolis, 14-9-18
Sinceras Felicitações! O Snr. me conhece muito bem!
Orestes.
[3. Seite]
Poesie.
Mit unseren Strassen
Ist nicht zu spassen,
Zumal in der Nacht,
Wenn 'ne Reise man macht
Auf dem Rad, und es kommt
Eine Ecke; dann frommt
Es sicher zu hören
Auf kluge Lehren,
Auf Warnungen auch,
So ist es Brauch!
Doch Herr Öhler hört nicht,
Was der Warner spricht,
Und bei Schmidlin's Ecke
Da liegt er im – Graben
Und der Warner siehts zu
Und spricht mit Ruh'
Zur Begleiterin hin:
„Er liegt schon drin!"
Briefkasten.
M. Eissler, Buenos Ayres. Mit tiefem Bedauern haben wir von Hinscheiden Ihrer geliebten Charqueira Kenntnis genommen. Ihre neue Braut wird Sie hoffentlich bald über den unersetzlichen Verlust trösten. Also herzlichen Glückwunsch zur Verlobung.
Ernst Moritz, São Bento. Unser verehrter Freund und Gönner Friedrich ersuchte uns, Ihnen mitzuteilen, das er auch nach seiner Verheiratung ein treuer Verehrer Ihrer weltberühmten Gänsebrüste bleiben wird. Er denkt immer noch mit vielem Vergnügen an jenen Abend, an dem er reich mit Vorrat für den nächsten Tag versorgt, Ihr gastfreies Haus verliess, und bedauert nur, dass er der Versuchung nicht wiederstehen konnte, dem Vorrat bereits auf dem Heimwege ein Ende zu machen. Uebrigens freundliche Grüsse von ihm.
Freund Friedrich. Mit grösster Genugtuung stellen wir fest, dass Sie endlich die tragische Geschichte von der Auguste mit dem Holzbein zu vergessen sich entschlossen haben. Recht so! – Darum herzliche Glückwünsche und freundl. Gruss.
Frau Erna. Sie klagen, dass Sie keine Stickmuster für Erdbeeren auftreiben können! Warum wenden Sie sich nicht an Fr. Friedrich? Beachten Sie den Anzeigenteil!
K. Oehler, Inselstrasse. Wenn Sie Ihren einzigen „Dutzknochen" treffen wollen, dürfen Sie ihn nicht in der Apotheke suchen. Er ist meist „in den hinteren Räumen beschäftigt", „vorgelassen wird er nicht!"
Emil von Holz. Wir haben wegen Ihres Leidens, das Sie uns neulich schilderten, einen tüchtigen Arzt zu Rate gezogen; er meinte, es wären die Folgen der Erfinderitis, die Ihnen bis vor Kurzem so viel zu schaffen machte. Bei ihrer jetzigen Lebensweise dürften Sie bald völlig wiederhergestellt sein. – Wie geht es übrigens Ihrem alten braven Onkel Eusebius Merzelbacher? Wir haben lange nichts mehr von dem alten prächtigen Herrn gehört. Besten Gruss an Sie u. ihn!
Anzeigen.
Stickereimuster!
Empfehle mich dem geeherten Publikum von
Joinville und Umgegend zur Anfertigung von
Stickereimustern aller Art. Spezialität:
Tangerinen und Erdbeeren.
Hochachtungsvoll
Fr. Friedrich.
An junge Ehepaare und solche die es werden wollen
Hierdurch mache ich bekannt, dass ich gegenwärtig keine
Wohnungen mehr zu vermieten habe, da bereits alle
besetzt sind, und meines Wissens auch in meiner
Nachbarschaft keine frei sind. Ich sehe mich zu dieser
Erklärung gezwungen, weil ich fortwährend mit
Wohnungsnachweis in meiner Nachbarschaft bestürmt werde.
Tante Christine.
Frischer Gemüsesamen
jederzeit erhältlich bei
Fr. Friedrich.
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**Em todas as palavras que originalmente seriam escritas com β, a grafia deste foi substituída por "ss"; as palavras que foram separadas no texto original, foram escritas sem o hífen tanto na tradução, quanto na transcrição.
© Helena Remina Richlin
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